16 de fevereiro de 2012
Desemprego e sofrimento
O desemprego no mundo revela um quadro triste e assustador: A diminuição das vagas, demissões em massa e fechamento de fábricas e indústrias após crise econômica, está levando pessoas ao desespero. A dificuldade de empregar-se, ao invés de ser compreendida como resultado de um modelo econômico excludente, faz com que o indivíduo sinta vergonha e culpa por não está conseguindo trabalho. Além de peregrinação pelas portas de fábricas e lojas, o indivíduo tem que enfrentar diante dos parentes e amigos o estigma do desemprego, sendo, muitas vezes, tachado de preguiçoso, incapaz, etc. Situação que acarreta com frequência desequilibrios que afetam a relação familiar e abalam a autoconfiança da pessoa, gerando sentimento de culpa e deteriorando os vínculos sociais e efetivos. O desempregado é experimentado com uma punição por falta de competência ou de aptidão para o trabalho, repercutindo diretamente na auto-estima. Pessoas que sempre foram íntegras e honestas se vêem sem condições de pagar suas contas e saldar dívidas, tendo que conviver com a vergonha e humilhação da cobrança e dos cobradores. A falta de trabalho retira a dignidade de famílias inteiras. Em nossa sociedade machista, onde é esperado que o homem assuma o papel do provedor do lar, abre-se uma ferida na identidade masculina, fazendo brotar sentimentos de fracasso. O sofrimento psíquico do desempregado pode atingir patamares insuportáveis, e o desespero e falta de perspectivas e levá-lo a situações limites. No auge da angústia, há casos que o indivíduo assasina toda a família e, em seguida, se mata. Diante deste cenário, o desafio da sociedade civil e dos governantes é reverter o quadro do desemprego sob pena de dissolução dos laços sociais que asseguram a continuidade da vida societária. Foto: web. Eduardo P.de Aquino Fonseca. Recife/PE.
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