2 de março de 2012
Candidatura de Zé Serra ao governo de São Paulo, é a consagração do "casuismo político"
Minha desilusão da atividade política vem exatamente desse sentimento que hoje move os “tucanos” paulistanos, que na ânsia de manter o poder na capital de São Paulo, partem para o tudo ou nada, esquecendo-se de qualquer tipo de compromisso com a honra e a decência, ao apelar para a candidatura de Zé Serra para o pleito de 2012, encarando essa opção com o mesmo cinismo com que os católicos, sob o falacioso argumento de era necessário resgatar a “Terra Santa” das mãos dos muçulmanos, permitiram as barbaridades cometidas pelas Cruzadas, acobertados pelo cretino princípio de que “os fins justificam os meios”. Enquanto a política continuar sendo essa atividade sem limites de ética e dignidade, na qual toda e qualquer “armação” é válida, desde de que sirva como instrumento de vitória, estamos fadados a conviver com práticas que só servem para afastar da atividade político-partidária aqueles cidadãos nos quais ainda sobrevive algum resquício de “vergonha na cara”. Se ganhar a eleição a qualquer custo passar a ser o balizador das atitudes, corremos o risco que, se passar a enfrentar qualquer tipo de risco em seu projeto de poder, alguns “sabichões” petistas já devem estar lamentando o fato de não poderem mandar, por questões de domicílio eleitoral, o ex-presidente Lulla para a disputa, antecipando para 2012, o embate previsto para 2014. Diante desse quadro de total insanidade, começo a pensar que talvez estivesse certo um antigo adversário da política pernambucana, que durante os “anos de chumbo”, ao ser acusado de tomar atitudes indignas para vencer uma determinada eleição, cunhou a frase que entrou para o rol das mais cretinas da política brasileira: "Tratando-se de eleição, feio é perder... Foto: web. Júlio Ferreira. Recife/PE.
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