25 de abril de 2014

Alagamentos no Recife causa caos na cidade

No sertão, a população clama a chegada de tempestades para molhar o chão esturricado. No agreste do estado de Pernambuco, as famílias rezam para despencar chuvas pesadas lá de cima a fim de encher os açudes, quase secos, sanar a constante falta d’água. Mas, na Região Metropolitana do Recife a conversa é outra. O pensamento é diferente. Temporais no Grande Recife nem sempre são benvindos porque, junto com os inesperados torós, geralmente chegam também os transtornos. As cidades praticamente param. Vivem o verdadeiro caos. O trabalhador é obrigado a sair de casa debaixo d’água. As inundações deixam as ruas intransitáveis. Enguiçam carros, congestionando o trânsito que não anda. Os alagamentos irritam as donas de casa, diante do temor de deslizamento de terra, da queda de barreiras, do desmoronamento de moradias e possíveis mortes de familiares. Os motoristas, obrigados a circular vagarosamente rumo aos destinos, temiam a queda de árvores pobres sobre o veículo ou cair num invisível bueiro, naquela altura dos acontecimentos, graças ao lamaçal das ruas. Os esgotos das cidades, ultrapassados e entupidos de lixo, o medíocre sistema de previsão de chuva que não prevê a aproximação de fenômenos naturais. Muito menos o local da tempestade e do volume de água prestes a cair, levam as cidades do Grande Recife ao desespero, promovendo desordens e bagunça. Até quando? Foto: Firmino Caetano Junior. Carlos Ivan. Olinda/PE

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