O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital da Restauração (HR) recebeu mais pacientes queimados, este ano, do que em 2022. Durante as festas juninas - Santo Antônio, São João e São Pedro - 47 pacientes deram entrada no HR com queimaduras, e 19 ficaram internados. O número de casos é 7% maior que o ano anterior, e o número de internações cresceu 5% em relação a 2022, quando 44 pessoas buscaram atendimento e 18 precisaram de internação. De acordo com o chefe do CTQ, o médico cirurgião Marcos Barretto, apesar de as crianças atingidas terem sido minoria na Emergência, elas tiveram ferimentos mais graves. “Do total, 60% foram adultos, e 40% crianças. Grande parte dessas crianças teve lesões mais graves, em consequência da utilização de fogos de artifício de forma indiscriminada. Muitas compram sem o adulto saber, cuja venda para menores é proibida, ou fazem uso sem a supervisão de uma pessoa responsável”, alertou o médico. Para ele, a educação é o caminho mais eficaz para reduzir o número. “É urgente a discussão desse assunto ao longo de todo ano, não somente no mês de junho. Assim como nos meios de comunicação, temos de discutir nas escolas e em outros espaços da sociedade. Temos que aprender a conviver com os fogos e as fogueiras, porque eles não deixarão de existir”, afirmou Barretto. Foto: Miva Filho. Imprensa Hospital da Restauração.
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