Pela primeira vez, o IBGE vai estimar qual o tamanho da população trans, travesti e não binária do Brasil. Isso será possível porque a nova Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, que começou a coleta de dados na semana passada, perguntará aos entrevistados qual a sua identidade de gênero, oferecendo seis respostas: mulher, mulher trans, homem, homem trans, travesti e não binário, além de um campo outros e um espaço para observações. A pessoa também pode optar por não responder. E todas as alternativas são acompanhadas de uma breve explicação sobre os termos. Os resultados serão divulgados no último trimestre de 2024. A professora de psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro, Jaqueline Gomes de Jesus, avalia que a pergunta tem um bom formato, e que a própria pesquisa tem um caráter didático, ao apresentar essas realidades para os entrevistados. Além disso, diz que os dados são essenciais para a elaboração de políticas públicas voltadas para essa população. A pesquisa também vai perguntar qual a orientação sexual do entrevistado, oferecendo como opções de resposta lésbica, gay, heterossexual, bissexual, além do campo “outros” e não sabe ou não quis responder. O tema foi abordado pela primeira vez em um levantamento divulgado no ano passado, mas que provavelmente teve subnotificação, já que apenas 1,2% da população se declarou homossexual, e 0,7% bissexual. Para tentar captar dados mais fiéis, o IBGE criou um grupo de trabalho que vem discutindo a questão, à luz de estudos sobre gênero, opiniões da comunidade LGBTQIA+ e em comparação com estudos semelhantes de outros países. Quem explica é a diretora adjunta da Diretoria de Pesquisas do IBGE Maria Lucia Vieira.
Agora vai
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