3 de junho de 2025

A cada minuto, uma pessoa é internada no Brasil por falhas na saúde primária, diz levantamento

Um levantamento feito pela Umane, associação civil que tem como objetivo auxiliar iniciativas voltadas à promoção da saúde, com base em dados do SIH-SUS (Sistema de Informações Hospitalares do DataSUS), disponíveis no Observatório da Saúde Pública (OSP), avaliou que milhões de internações no SUS (Sistema Único de Saúde) poderiam ter sido prevenidas ainda na Atenção Primária à Saúde (APS). A APS é o primeiro contato do paciente com um profissional da área. Ela compreende não só os atendimentos nas USBs (Unidades Básica de Saúde) e nos hospitais, mas também a estratégia de saúde das famílias, as estratégias de prevenção e a educação em saúde. Thais Junqueira, superintendente geral da Umane, explica que o Brasil tem uma atenção primária fraca, ineficiente e mal-equipada. Se for forte, eficiente e resolutiva, pode atender e resolver de 80% a 90% dos problemas de saúde de uma pessoa ao longo da vida, segundo dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). No total, em 2024, foram 1,6 milhão de internações no SUS por consequência de doenças já instaladas e até já diagnosticadas, como diabetes tipo 2, asma, doenças pulmonares, hipertensão e deficiências nutricionais. A cada 3 minutos, uma pessoa é internada no Brasil devido a complicações destas condições, concluiu o levantamento.Os dados ainda mostram que, no ano passado, a taxa de internações nessas condições foi de 793,8 a cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia da dimensão dos dados, as internações que poderiam ter sido evitadas com prevenção em 2024 representam 11% do total de 14,1 milhões de internações do ano passado, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, do Ministério da Saúde. 

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