9 de maio de 2012
As curvas da estrada de Santos
A adrenalina dos carros em
alta velocidade e o vazio da solidão são dois componentes centrais do
universo da jovem guarda retomados nessa canção, lançada por Roberto
Carlos em 1969, considerado o ano do fim do iê-iê-iê. Em As Curvas da
Estrada de Santos, o Rei representa o homem triste, abandonado pela
amada, que radicaliza a experiência de Quero que Tudo Vá pro Inferno, de
1965 - "Se entro no meu carro e a solidão me dói" -, desafiando, com
amargura, os perigos da velha estrada pela qual se descia a serra do Mar
até o litoral: "Se acaso numa curva! Eu me lembro do meu mundo! Eu piso
mais fundo..:'. A canção, composta com o amigo e mais importante
parceiro da jovem guarda, Erasmo Carlos, faz parte da trilha sonora do
filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa. O longa-metragem contava
com outros sucessos, como Não Vou Ficar, composta para o Rei por
Tim Maia. Lançado em 1969, o filme foi um dos maiores êxitos de
bilheteria de sua época. Era a segunda produção do diretor Roberto
Faria, que tinha estreado, no ano anterior, com Roberto Carlos em Ritmo
de Aventura. Desde 1958, Roberto já havia atuado em três longas, ao lado
do produtor musical Carlos Imperial, que o lançou na carreira
artística. Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa narra a tentativa
de resgate, em países da África e da Ásia, de um diamante que teria
desaparecido há 2 mil anos. Para viver essa aventura mirabolante,
Wanderléa, a "Ternurinha" , juntou-se a dupla Roberto e Erasmo,
completando, nas telas, o principal trio de estrelas da jovem guarda.
Foto: web. Fonte: Revista bravo. Colaboração: Clôvis Câmpelo.
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