29 de maio de 2024

'Se eu estiver morrendo, bota ácido da melhor qualidade na minha boca', diz Ney Matogrosso

O cantor Ney Matogrosso, 82, não tem medo de falar sobre drogas e critica a hipocrisia da sociedade atual em relação ao uso de substâncias. Segundo ele, em entrevista à revista Breeza, quando estiver morrendo, deseja ser drogado. "Eu já conversei com um médico amigo meu [e disse]: 'olha, se eu estiver morrendo, bota o ácido da melhor qualidade na minha boca e me deixe morrer. Não tente me manter vivo artificialmente e me dê um bom ácido e pronto, deixa eu ir'. Eu convivo com muita tranquilidade com essa ideia", afirma. Figura icônica que influenciou a psicodelia dos Secos e Molhados, Matogrosso defende o uso de substâncias para autoconhecimento. De acordo com ele, suas experiências espirituais com ayahuasca e LSD, por exemplo, o ajudaram a compreender melhor a vida e as relações pessoais. "Já usei muitas coisas, mas nunca usei para festa. Eu uso para o meu entendimento próprio. Foi assim com o ácido. Eu tomei mais de 20 ácidos, mas tudo com foco no autoconhecimento. E a maconha também é para aumentar a minha percepção. Mas não faço uso regularmente. Uso a maconha quando tenho algum problema que eu não estou entendendo qual é a solução", afirma. Ele revela que as "20 viagens" foram também espirituais e não apenas psicodélicas. "Tomei ayahuasca por um ano e meio, mas só buscando o dentro, nada do lado de fora, sabe? Eu não estava a fim de ter miração, eu queria entender quem eu era, e entendi muita coisa", conta. A entrevista completa com Ney Matogrosso está na 11ª edição da Breeza. Ela também está disponível em versão podcast. 

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