As autoridades médicas brasileiras vêm intensificando os alertas epidemiológicos sobre a doença Febre Oropouche. A enfermidade, que se assemelha à dengue, já fez as suas primeiras vítimas fatais. Em São Paulo, ainda não há mortes registradas, mas o estado já contabiliza cinco casos, até o último dia 7, todos no Vale do Ribeira. A previsão é que tenham também ocorrências na Baixada Santista. Já no Brasil, são mais de 7 mil casos declarados, sendo dois óbitos. “Este ano é atípico, pois a morte pela Oropouche é algo inédito na literatura médica. O que costuma acontecer são formas graves da doença, como sintomas muito debilitantes ou complicações neurológicas, como a meningite e a encefalite”, relata o médico clínico geral Dr. Marcelo Bechara. Com resposta imunológica muito intensa, as pessoas infectadas podem ter reações inflamatórias muito fortes, como febre alta, cefaléia intensa, dor muscular e nas articulações, vômitos, erupções cutâneas e fotofobia - o que, para muitos, pode ser confundido com sintomas similares a uma dengue severa. Ambas as doenças são classificadas como arboviroses, por serem transmitidas por mosquitos. Segundo o Dr. Bechara, há algumas diferenças bem claras. “A dengue, que é transmitida apenas pelo vetor Aedes Aegypt, pode evoluir para um quadro hemorrágico, algo que nunca foi visto no Oropouche. Já a febre, o vetor mais conhecido é o mosquito Maruim ou Pólvora. No entanto, há possibilidade de contaminação com o aedes também”, afirma o especialista. Com informações do site Notícias ao Minuto
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