Você sabia que o mau hálito persistente pode ser sinal de que algo não está bem no organismo, principalmente na cavidade bucal? No Brasil, cerca de 30% da população, o que corresponde a aproximadamente 60,9 milhões de pessoas, sofrem com a halitose. Dentre as principais causas estão problemas como cárie dentária, doenças periodontais (gengivite e periodontite), má higiene bucal e a presença de saburra lingual. Além disso, em alguns casos, a halitose pode estar associada também a doenças respiratórias (sinusite, amigdalite), gastrointestinais e doenças metabólicas e sistêmicas (diabetes, problemas renais e hepáticos). O secretário-geral do Conselho Federal de Odontologia, Roberto de Sousa Pires, especialista em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Pará (UEPa) e pós-graduado em Tratamento de Halitose, destaca que o mau hálito é um problema que deve ser tratado com seriedade, uma vez que pode afetar a saúde bucal, a autoestima e as relações sociais. Muitas pessoas desconhecem as verdadeiras causas da halitose, e somado a isso, existem ainda os mitos de que ela esteja associada somente a problemas estomacais. Na verdade, a origem da halitose, em mais de 90% dos casos, está ligada à cavidade bucal. Dessa forma, é imprescindível a avaliação criteriosa de um cirurgião-dentista, o qual poderá identificar a origem do problema e indicar o melhor tratamento”, frisa Roberto Pires. O mau hálito atinge a saúde e a convivência social do indivíduo, resultando em sérios inconvenientes econômicos e psicoafetivos. A presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), Sandra Kirchmayer, enfatiza que o preconceito em torno da halitose pode ter efeitos devastadores. Em alguns casos, a dimensão emocional do problema pode ser tão intensa que exige acompanhamento multidisciplinar, com psicólogos e psiquiatras. “Já atendemos pacientes que abandonaram cursos, deixaram de ir a entrevistas de emprego ou se afastaram de relacionamentos por acharem que estavam com mau hálito. Portanto, a halitose não pode ser um tabu; precisamos falar dela e conscientizar a população de que o problema pode ser tratado”, pontua Sandra Kirchmayer. A presidente da ABHA, Sandra Kirchmayer, explica o porquê de isso acontecer. “Pode parecer sem sentido uma pessoa que tem mau hálito não sentir nada e quem não tem, jurar que está com hálito ruim. Mas isso tem explicação científica: o olfato humano se adapta rapidamente aos cheiros, o que chamamos de fadiga olfativa. Por isso, quem tem halitose muitas vezes não percebe. Já quem sente gosto amargo ou sensação de boca seca pode achar que tem mau hálito mesmo sem ter”, esclarece. Com informações do Site NotíciasAoMinuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário