7 de outubro de 2025

Saúde terá R$ 7,4 milhões ao ano para reverter recusa familiar na doações de órgãos

O Ministério da Saúde lançou a primeira Política Nacional de Doação e Transplantes que prevê R$ 7,4 milhões anuais para reduzir a recusa familiar, hoje em 45%. Além de campanhas de conscientização, a iniciativa prevê o incentivo financeiro às equipes hospitalares com base em volume de atendimento e desempenho. O lançamento foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Hospital do Rim, em São Paulo. O Prodot (Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) lançado pelo ministério, pela primeira vez, dará a profissionais que atuam dentro dos hospitais incentivos financeiros conforme o total de atendimentos realizados e indicadores de desempenho, o que inclui a performance para o aumento das doações. Eles são os responsáveis pela identificação de potenciais doadores, logística do processo e a conversa com os familiares. A nova política, descrita em portaria específica pela primeira vez desde a criação do SNT (Sistema Nacional de Transplantes), em 1997, também terá outros R$ 13 milhões para a regulamentação de procedimentos que foram incluídos neste ano no SUS. São eles o transplante de membrana aminiótica, para casos graves de queimadura e o transplante de intestino delgado e multivisceral, para falência intestinal. Agora, cinco centros em São Paulo e no Rio de Janeiro estão autorizados a realizar o procedimento de transplante para falência intestinal, que foi incluído no SUS em fevereiro deste ano. Segundo o ministério, a expectativa é ampliar o número de unidades habilitadas nos próximos anos, mas não foi divulgado um cronograma com prazos. O novo regulamento técnico do SNT também prevê o reajuste da diária de reabilitação intestinal, que passou de R$ 120 para R$ 600. Assim, pacientes com falência intestinal passam a ter, de acordo com a pasta, 100% do tratamento ofertado na rede pública de saúde, desde a reabilitação intestinal até os procedimentos pré e pós-transplante. Folhapress


 

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