11 de novembro de 2025

Uso prolongado de melatonina pode aumentar risco de insuficiência cardíaca


O uso prolongado de melatonina foi associado a um risco maior de insuficiência cardíaca, hospitalização e morte em pessoas com insônia crônica, segundo estudo preliminar apresentado no congresso anual da American Heart Association. A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal que sinaliza ao corpo o período escuro do dia, iniciando o processo que promove o sono. Suplementos — versões sintéticas idênticas ao hormônio — são frequentemente usados para tratar insônia, caracterizada pela dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo. Esses suplementos podem ser comprados sem receita médica em diversos países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos. Os novos resultados, porém, levantam preocupações quanto à segurança do uso prolongado da substância para o coração. “Os suplementos de melatonina podem não ser tão inofensivos quanto se pensa. Se nosso estudo for confirmado, isso poderá mudar a forma como os médicos orientam seus pacientes sobre indutores do sono”, afirmou Ekenedilichukwu Nnadi, autor principal da pesquisa. Os cientistas utilizaram o banco de dados internacional TriNetX, com informações de 130.828 adultos com insônia crônica. Eles foram divididos em dois grupos: um formado por pessoas que usaram melatonina por um ano ou mais e outro por indivíduos que nunca tiveram o registro do uso em seus prontuários. Pacientes com diagnóstico prévio de insuficiência cardíaca ou em uso de outros remédios para dormir foram excluídos. Os resultados mostraram que pessoas que usaram melatonina por longo prazo tiveram uma probabilidade 90% maior de desenvolver insuficiência cardíaca em cinco anos (4,6% contra 2,7% no grupo controle). Em países onde o suplemento exige prescrição, o risco foi 82% maior entre quem teve ao menos duas receitas com intervalo de 90 dias. O estudo também apontou que usuários de melatonina apresentaram três vezes mais chances de hospitalização por insuficiência cardíaca (19% contra 6,6%) e quase o dobro de risco de morte por qualquer causa (7,8% contra 4,3%) durante o período analisado. fonte: folhapress 

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