14 de fevereiro de 2012

Até quando o "batismo" de obras públicas continuará sendo usado como instrumento de bajulação?


Durante uma viagem profissional pela Zona da Mata Sul de Pernambuco, quando tive de utilizar a BR-101, em um dos seus trechos duplicados, deslocando-me da cidade de Palmares para o Recife, tive o desprazer de constatar que aquele segmento da BR recebeu o nome de “Rodovia Gov. Mário Covas”, conforme está devidamente comprovado nas fotos anexas. Isso é um despropósito! Apesar de não ter nada contra Mário Covas (aliás, muito pelo contrário), considero uma tremenda “babaquice” ter batizado um trecho da BR que passa pelo estado de Pernambuco com o nome do político paulista, que deveria ter recebido tal homenagem no estado em que desenvolveu toda a sua carreira política. Será possível que os aloprados que escolheram o nome para batizar a rodovia que faz a ligação do Recife com Palmares não tinham um pernambucano ilustre que fosse merecedor de tal honraria? (quem sabe não fosse essa a oportunidade de homenagear condignamente o poeta Ascenso Ferreira, nascido em Palmares e autor de obras que dignificaram a região, a exemplo do poema “Trem de Alagoas”, popularmente conhecido como “Vou Danado pra Catende”...) A escolha do nome de Mário Covas para “batizar” uma rodovia em Pernambuco é a mais clara concretização daquilo que o sertanejo, recorrendo a sua tradicional sabedoria e esperteza, costuma classificar como “idéia de jerico”. Lanço um desafio! Faça-se uma pesquisa, sem “mutretagens”, na região de abrangência da rodovia e será comprovado que, para a enorme maioria dos pernambucanos pesquisados, Mario Covas não passará de um “ilustre desconhecido”. Foto: Júlio Ferreira. Recife/PE.

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