23 de outubro de 2013

Vai ficar na história do país

Mal assumiu o governo e para quem não sabe, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enviou ao Congresso um projeto de emenda constitucional que visava acabar com o monopólio da Petrobrás sobre a exploração e produção de petróleo. Em 3 maio de 2013 de 1985 acontecia uma greve de 32 dias dos petroleiros, que foi fundamental como movimento de resistência para impedir a privatização da Petrobrás. Foi então autorizado pelo presidente que o exercito com tanques, metralhadoras e militares ocupassem as refinarias e reprimissem os trabalhadores. A Federação Única dos Petroleiros que liderou este movimento, acabou despertando um movimento nacional de solidariedade resultando no grito único de que “somos todos petroleiros”. Um alto preço foi pago, resultando na demissão de muitos trabalhadores, e de multas astronômicas para os sindicatos. Com toda repressão a luta valeu a pena, e a Petrobrás não foi totalmente privatizada. Agora, novamente, os petroleiros mostram o caminho em uma greve contra o leilão do Campo de Libra, na Bacia de Santos,  uma das maiores descobertas mundiais dos últimos 20 anos, possuindo entre 12 e 14 bilhões de barris de petróleo junto com as manifestações ocorridas em todo país. A presidente Dilma assinou um decreto que autoriza o envio, além das tropas do Exército, homens da Força Nacional de Segurança, Polícia Federal e Rodoviária Federal para garantir (?) a realização do leilão da área de Libra, que aconteceu na segunda-feira (21) no Rio de Janeiro. O Ministério da Defesa coordenará as ações com apoio do Ministério da Justiça, que contou com mais de 1.100 homens nas ruas. A presidente Dilma decidiu imitar FHC, pois além de privatizar o petróleo, chama o exercito contra aqueles que denunciam o entreguismo, como o ex-presidente fez. Foto: Reprodução. Heitor Scalambrini Costa. Recife/PE

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