Imagens capturadas pelo telescópio espacial James Webb e divulgadas na semana passada, mostram com detalhes inéditos 19 galáxias espirais relativamente próximas da Via Láctea, onde está o planeta Terra. As imagens foram divulgadas por uma equipe de cientistas envolvida no projeto Física em Alta Resolução Angular em Galáxias Próximas (Phangs, na sigla em inglês), que reúne cerca de 150 observatórios astronômicos pelo mundo, e devem permitir estudos avançados sobre a formação das estrelas e a estrutura e a evolução das galáxias, segundo cientistas. O James Webb foi desenvolvido pela Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) em parceria com a agência espacial europeia e a agência espacial canadense, e foi lançado em 2021 de uma base na Guiana Francesa. As galáxias são identificadas por códigos. A mais próxima, dentre essas 19 retratadas, é a NGC5068, situada a cerca de 15 milhões de anos-luz da Terra. A mais distante delas é a NGC1365, a aproximadamente 60 milhões de anos-luz. Um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros, distância que a luz percorre ao longo de um ano. "As novas imagens de Webb são extraordinárias", disse Janice Lee, cientista de projetos para iniciativas estratégicas no Space Telescope Science Institute, em Baltimore. "Eles são alucinantes mesmo para pesquisadores que estudam essas mesmas galáxias há décadas. Filamentos são retratados nas menores escalas já observadas e contam uma história sobre o ciclo de formação estelar." A NIRCam (câmera quase infravermelha) do telescópio capturou imagens de milhões de estrelas, que brilham em tons de azul. Algumas estão espalhadas pelos braços espirais, outras estão agrupadas em aglomerados de estrelas. Os dados do Instrumento de Infravermelho Médio do telescópio destacam poeira brilhante, mostrando onde ela existe ao redor e entre as estrelas. Também destaca estrelas que ainda não se formaram completamente - estão envoltas no gás e na poeira que alimentam o seu crescimento. "É aqui que podemos encontrar as estrelas mais novas e mais massivas das galáxias", disse Erik Rosolowsky, professor de física na Universidade de Alberta, em Edmonton, Canadá.
Não resolvemos nem os problemas do planeta e vamos pesquisar o espaço
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