"O dia todo, só que não o dia inteiro". Nove horas. Seis horas. Quatro horas. Essas foram as respostas de sete adolescentes de 13 a 15 anos do Monte Cristo, periferia de Florianópolis, sobre quanto tempo de tela passam diariamente. Em roda de conversa na ONG Lar Fabiano de Cristo, sete alunos compartilharam experiências com o digital. Deles, seis estão em pelo menos uma rede social -é apenas uma que não tem celular. Dizem que é para trocar mensagens com amigos, familiares, ver vídeos e jogar Free Fire. Mas, às vezes, costumam se sentir ansiosos e irritados com a quantidade de informações. Esse fenômeno é ainda mais intenso para adolescentes periféricos, dizem especialistas. Embora os efeitos observados na saúde mental nesses jovens sejam os mesmos notados em outros de classes sociais distintas, variantes como classe, raça e gênero fazem com que as consequências sejam ainda maiores, diz Amanda Koschnik, educadora social, historiadora pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e mestranda em educação profissional e tecnológica pelo IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina)."Grupos tradicionalmente excluídos vão sentir esse impacto muito mais violentamente", afirma. Folhapress
É um caminho sem volta
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