Descaso na cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco

Setenta e duas horas. Este foi o prazo inicial que a Prefeitura de Jaboatão deu para que os cerca de 40 comerciantes de aves da feira de Jaboatão Centro adequassem as suas atividades ao decreto municipal nº 041/2012 publicado no Diário Oficial no dia 23 de março deste ano. De acordo com o documento, ficam expressamente proibidos a criação e o abate de animais de quaisquer portes, nas áreas de abrangência dos mercados públicos. Depois de diversas reuniões, o prazo foi prorrogado até o próximo dia 20, mas os proprietários dos estabelecimentos garantem que o período determinado é muito curto e que terão que fechar as portas. Em 2010, a Prefeitura realizou o I Curso no Nordeste de Capacitação de Boas Práticas (Manuseio de Carne de Aves nos Pontos de Venda). Na ocasião, os comerciantes receberam orientações para adaptação da estrutura dos estabelecimentos, mas não foram informados em momento algum sobre a proibição do abate das aves. Nesta reunião a conversa foi para que fosse reformulados os boxes existentes, segundo alguns comerciantes. A maioria então Colocaram cerâmica no piso, nas paredes e no balcão, PVC no teto, mas nunca disseram que teríamos que deixar de vender o produto. Agora, segundo um desses comerciantes com a atividade paralisada, que sustenta várias gerações da família, se sente ameaçado de acabar de um dia para o outro, uma vida inteira de trabalho e muito sacrificio e diz que: Para realizar a reforma exigida pela atual gestão, gastou aproximadamente R$ 6 mil. Outros reclamam e estão preocupados com esta situação e que precisam de capacitação, ajuda, tempo, para enfrentar a nova realidade, mas não é oferecido pela prefeitura coisa alguma. O desejo dos vendedores é que a Prefeitura de Jaboatão disponibilize um abatedouro público e prorrogue o prazo para o cumprimento de todas as exigências do decreto municipal e desabafam: O que vai acontecer com as nossas famílias? E com as famílias dos nossos empregados? Temos nossos compromissos e isso também precisa ser levado em conta. Foto: Divulgação.