19 de fevereiro de 2013

O recife voltou ao tempo das diligências

É impressionante a desfaçatez das declarações emitidas pelo dono da empresa de ônibus envolvida no recente confronto entre as torcidas organizadas do Náutico e Sport, episódio no qual foi covardemente baleado o jovem Lucas de Freitas Lyra, de 19 anos, atualmente lutando pela vida, em um leito de UTI do Hospital da Restauração. Após a polícia levantar a possibilidade de que o disparo teria partido da arma de um dos seguranças da Globo, o proprietário simplesmente declarou que a presença de “segurança privada” em seus ônibus é uma atitude rotineira, como se não soubesse que esse tipo de atividade, do jeito como está sendo feita, pode caracterizar uma série de ilegalidades, entre as quais a de formação de milícia. Será que o proprietário da Globo acredita que pode, no Recife do século XXI, agir do mesmo jeito que agiam os donos das antigas diligências do “velho oeste norte-americano”, no século XIX. O que será que as “otoridades” têm a dizer sobre isso? Foto Arquivo: Firmino Caetano Junior. Júlio Ferreira. Recife/PE.

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