28 de novembro de 2023

Estudo revela alterações cerebrais entre pacientes com Covid longa

Pessoas com sintomas de Covid de longa duração apresentam padrões de alterações no cérebro que são diferentes dos pacientes que estão totalmente recuperados ou que daqueles que nunca tiveram diagnóstico da infecção. É o que mostra uma pesquisa apresentada em reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA), que acontece até o próxima quarta (29), em Chicago (EUA). É o primeiro estudo comparativo com esses três grupos distintos, segundo os autores. Após a infecção por Covid-19, até 25% dos pacientes podem desenvolver uma condição comumente chamada de "Covid longa", que inclui uma grande variedade de sintomas, como fadiga, dificuldade de concentração ("névoa cerebral"), alteração no olfato ou paladar, dores articulares ou musculares, falta de ar, sintomas digestivos, entre outros. Esses sintomas podem persistir durante semanas, meses ou até anos após a infecção, conforme vários trabalhos têm demonstrado. Em outubro, um outro estudo, publicado no periódico Cell, propôs uma outra explicação para alguns casos de Covid longa, com base em descobertas de que os níveis de serotonina estavam mais baixos em pessoas com a condição. Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia sugeriram que a redução da serotonina é desencadeada por resquícios do vírus que persistem no intestino. A diminuição da serotonina poderia explicar especialmente problemas de memória e alguns sintomas neurológicos e cognitivos da Covid longa. Porém, a base dessa condição é ainda mal compreendida. Segundo os autores do estudo apresentado em Chicago, a imagem de microestrutura por difusão (DMI), uma nova técnica de ressonância magnética, pode ser uma abordagem promissora para avançar nesse campo. O DMI analisa o movimento das moléculas de água nos tecidos. Ao estudar como as moléculas de água se movem em diferentes direções e velocidades, o DMI pode fornecer informações detalhadas sobre a microestrutura do cérebro. Folhapress 

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