Os efeitos que a diabetes causa no organismo humano podem proporcionar o desenvolvimento mais rápido de bactérias super resistentes a antibióticos, sugere pesquisa publicada na última semana. A conclusão é um indicativo da importância do tratamento dessa condição crônica, além de acender um alerta para entender se outras doenças também podem causar efeito parecido nas bactérias. A bactéria analisada foi a Staphylococcus aureus. Ela representa um grande risco no problema de saúde global de bactérias super resistentes a antibióticos. Além disso, esse patógeno afeta especialmente pessoas com diabetes, já que causa contínuas infecções na pele e tecidos moles desses pacientes. Depois disso, o patógeno pode entrar na corrente sanguínea, levando a quadros mais graves e, potencialmente, ser fatal. Para analisar a resistência dessa bactéria em um cenário de diabetes, os pesquisadores indicaram a condição crônica em camundongos. Um segundo grupo de animais foi mantido sem o distúrbio associado à insulina. Então, os cientistas realizaram testes com a bactéria nesses animais e os antibióticos, mas eles tiveram uma surpresa. Segundo Brian Conlon, professor associado na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, e um dos autores do estudo publicado na Science Advances, os pesquisadores não esperavam que houvesse uma evolução tão rápida da resistência. "Esperávamos que os medicamentos funcionassem de forma diferente, com certeza, mas esperávamos mais no nível de eficácia, não no nível de evolução da resistência [aos antibióticos]. Então isso foi uma surpresa", diz Conlon. Folhapress
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