11 de julho de 2025

Idosos têm risco maior de complicações com gripe H1N1

Com a chegada das temperaturas mais baixas, crescem os casos de gripe e, junto com eles, o alerta para a proteção dos idosos. Embora o vírus H1N1 não seja hoje o subtipo mais grave da influenza, ele ainda figura entre os responsáveis por hospitalizações e mortes, especialmente entre pessoas com saúde mais frágil. De acordo com o Ministério da Saúde, até a 22ª Semana Epidemiológica de 2025 (encerrada em 31 de maio), o Brasil registrou 3.079 casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus Influenza A (H1N1). O número já supera os 2.951 registros do mesmo período de 2024, indicando um aumento de aproximadamente 4,3% nas ocorrências da doença. Além disso, levantamento do InfoGripe, da Fiocruz, indica que a influenza A representa mais de 36% dos casos confirmados e está associada a 72,5% dos óbitos por infecções respiratórias. “A gripe costuma ser mais perigosa para pessoas idosas, principalmente por uma questão imunológica. Com o passar dos anos, o sistema imunológico passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência. Isso deixa o organismo mais suscetível a infecções e menos capaz de reagir de forma eficiente a vírus como o da gripe”, explica a geriatra do Hospital Japonês Santa Cruz, Dra. Sumika Mori. Segundo a especialista, esse risco é ainda maior quando o idoso convive com doenças crônicas como diabetes, hipertensão ou doenças pulmonares. “Além disso, hábitos de vida pouco saudáveis, como sedentarismo, má alimentação ou estados emocionais fragilizados, podem enfraquecer ainda mais o organismo”, alerta. A complicação mais comum e grave da gripe é a pneumonia, que pode ser causada pelo próprio vírus ou por bactérias oportunistas que se aproveitam do pulmão inflamado. Os sintomas, nesses casos, são mais intensos, como falta de ar, cansaço extremo, secreção pulmonar, baixa oxigenação e até insuficiência respiratória. “Mas a gripe também pode piorar doenças que a pessoa já tem. Em pessoas com insuficiência cardíaca, renal, diabetes ou demência, o vírus pode descompensar o estado clínico e causar confusão mental, desidratação, picos de glicemia ou agravamento da função cardíaca e renal”, explica a geriatra. Há, ainda, complicações mais raras, como miocardite (inflamação no coração), encefalite (no cérebro) e rabdomiólise (nos músculos), todas com risco elevado de morte. Com informações do Site NoticiasAoMinuto  

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