3 de fevereiro de 2012
Ministro Peluso e sua apaixonada defesa do judiciário: uma lição de corporativismo
O pior cego é aquele que não quer ver! O discurso do ministro Cezar Peluso, durante ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, decidindo quanto aos limites dos poderes do Conselho Nacional de Justiça, principalmente em relação ao seu direito de abrir processos contra magistrados suspeitos de irregularidades, foi uma ridícula e absurda peça de ficção em relação ao que verdadeiramente é a Justiça Brasileira. Em seus “devaneios”, durante o discurso de abertura dos trabalhos, o ministro Peluso, presidente do STF, ultrapassou todos os limites da lógica e do bom senso, dizendo, entre outras “abobrinhas”, que o Brasil tem hoje o seu “melhor Judiciário”, e que a confiança do povo brasileiro nas suas instituições de Justiça está sacramentada pelo elevado número de pessoas que recorrem ao judiciário para resolver seus problemas. Tá errado, meritíssimo! Só quem não quer ver, pode achar que o caótico acúmulo de processos nos diversos órgãos do Judiciário, significa que houve um aumento da confiança popular na Justiça. Na verdade esse aumento de processos em tramitação, além de ser uma conseqüência natural do aumento populacional, decorre principalmente da morosidade com que as causas são julgadas, algumas levando “uma data” para terem as sentenças proferidas, tornando concreto aquilo que já dizia Rui Barbosa, no início do século passado: "Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta". Por outro lado, se formos explorar o assunto com o discernimento que o assunto requer, será facilmente determinado que hoje em dia, por conta dos entraves burocráticos, dos custos e, principalmente, da lentidão com que atuam nossos diversos tribunais, muitos são os brasileiros que, diante a opção de ficar a mercê de instrumentos tidos como incapazes e ineficientes, preferem “deixar o dito pelo não dito”, e “bancar o prejuízo”. Com todo respeito: conta outra, seu Cezar! Foto: web. Júlio Ferreira. Recife/PE.
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