19 de outubro de 2013

Assassinato do promotor em Pernambuco: Crime contra o judiciário?

Nesse "Brasil Tiririca", cultiva-se a irresponsável mania de criar heróis, independente de que tenham cometidos atos heróicos. Vejamos o caso do promotor recentemente assassinado no interior de Pernambuco. Logo após sua morte, muitas foram as "otoridades públicas" que, na ânsia de aparecer na mídia, deram pomposas entrevistas, sempre ressaltando a tese de que o promotor teria sido vítima de um atentado decorrente do seu trabalho, o que se constituiria, por conseguinte, em um ataque direto ao "Sistema Judiciário". Agora, após o Estado haver criado uma situação de guerra na busca dos assassinos, gastando recursos que não gastam nas investigações de crimes envolvendo "simples cidadãos", conclui-se que o promotor teria sido assassinado por conta de uma prosaica disputa de terras, episódio no qual, se de algum modo fez uso do seu cargo oficial, seria, segundo o entendimento dos prováveis assassinos, para “criar facilidades” que privilegiassem os interesses da sua noiva, na questão fundiária em que ela estava envolvida. São fatos assim, nos quais o corporativismo dos entes públicos fala mais alto do que a razão, que estão fazendo com que o Judiciário caminhe célere para o mesmo nível de descrédito popular em que já se encontram o Legislativo e o Executivo. Foto: Firmino Caetano Junior.  Júlio Ferreira. Recife/PE

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